Guias religiosos e suas opiniões
Na maioria das religiões existe um guia para orientar os seguidores e frequentadores, denominado pelas nomenclaturas de padre, pastor, mãe de santo, entre outros. Esses guias são responsáveis por disseminar os conceitos e credos pregados pela doutrina pertencente. Assim, qual será a opinião de líderes religiosos em relação a recente decisão do Supremo Tribunal Federal em permitir o ensino religiosos nas escolas públicas do país?
Nascido no Rio de Janeiro, o pastor Luiz Manga foi missionário em diversos países. Manga escolheu a capital pernambucana para distribuir sua ideologia e coordenar a Igreja Batista do Cordeiro. Ele diz: “ Estou há 13 anos em Recife e adotei como missão guiar os seguidores de Jesus, disseminando os preceitos centrais da Bíblia”.
O pastor possui uma visão a favor da implantação e afirma que “ os homens esqueceram de Deus. Com a visão evolucionista a humanidade esqueceu do princípio da criação. Dessa forma, concordo que as crianças e jovens devam receber orientações religiosas desde a escola, é uma forma de aproximar Deus dos homens”.
Dona de um terreiro em Dois Unidos, a mãe de santo, Maria Helena, compreende que a inserção de aulas religiosas possa prejudicar a formação dos alunos. “ Infelizmente com essa mudança, a escola corre o risco de ser transformada em um local de segregação religiosa. O Brasil é um país de maioria católica. Tenho medo que a influência dos professores interfira no aprendizado, pois os alunos irão reproduzir a fala do educador”.
O acompanhamento de guias religiosos é extremante comum e importante para uma religião. As opiniões acima retratam a diferença de pensamento entre religiosos. É de conhecimento comum que alguns grupos religiosos menores sofrem com preconceitos e discriminação. Assim, compreender a sociedade e como esses grupos se relacionam talvez seja a porta de entrada para um diálogo aberto.
